quinta-feira, 8 de novembro de 2012

América Indígena: Repositório Digital de Fontes Históricas e Materiais Didáticos

Conheça o site do Projeto América Indígena: Repositório Digital de Fontes Históricas e Materiais Didático. CLIQUE AQUI. Resultado das atividades do Projeto de Extensão - "América indígena: oficinas, pesquisas e materiais didáticos para o ensino de história" - desenvolvido no Laboratório de Ensino de História (LABEH) da Universidade de Brasília (UnB), sob a coordenação da professora Dra. Susane Rodrigues de Oliveira. Com o objetivo de produzir um repositório digital de fontes históricas e propostas pedagógicas para o ensino de história da América indígena pré-colombiana e colonial, a equipe deste projeto realizou um trabalho sistemático de levantamento, seleção e tradução de fontes históricas coloniais (crônicas, relatos de viagem, cartas, tratados e processos), além de estudos e oficinas sobre os métodos de abordagem de fontes históricas em sala de aula. Neste site disponibilizamos aos professores de história da educação básica estes materiais, por meio de Fichas Temáticas e recursos didáticos multimídia (vídeos, mapas, cronologias, textos e imagens).

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Fontes históricas - Proceso Inquisitorial del cacique de Tetzcoco

Proceso Inquisitorial del cacique de Tetzcoco
 
 
Esta fonte trata do processo inquisitorial do cacique de Tetzcoco, Don Carlos Ometochtzin. Ele foi acusado de idolatria em 1539 pelo Inquisidor Apostólico e Primeiro Bispo do México, Don Juan de Zumárraga.
 
Documento digitalizado e disponível aqui.

Crônicas Coloniais - El primer nueva corónica y buen gobierno

El primer nueva corónica y buen gobierno, Felipe Guaman Poma de Ayala


Obra completa de Felipe Guaman Poma de Ayala disponibilizada aqui.

A obra trata do ponto de vista do mestiço Guaman Poma de Ayala acerca dos povos indígenas pré-incaicos, incaicos e também aborda suas opiniões sobre a conquista e colonização espanhola do Peru. Guaman Poma é bastante crítico à administração espanhola e, apesar de se guiar por valores cristãos, defende as sociedades indígenas pré-incaicas como modelos harmônicos de governança.

Bibliografia sobre o autor e obra:

AYBAR-RAMÍREZ, María Dolores. O Éden americano de Guaman Poma. Anais do XI Congreso Internacional da Abralic [online]. São Paulo, 2008.

PASSALACQUA-ESTREMADOYRO, W. Jorge. Cosmología y supervivencia en las crónicas de Felipe Guamán Poma de Ayala. McGill University, Montreal, 1996.

BERTAZONI, Cristina. Representações do Antisuyu em El Primer Nueva Corónica y Buen Gobierno de Felipe Guaman Poma de Ayala. Rev. hist. [online]. 2005, n.153, pp. 117-138. ISSN 0034-8309.

OLIVEIRA, Susane Rodrigues de. As representações de Mama Huaco na crônica de Felipe Guamán Poma de Ayala (1616) sobre os Incas. In: STEVENS, Cristina; BRASIL, Katia Crisitina Tarouquella; ALMEIDA, Tânia Mara Campos de; ZANELLO, Valeska. (Org.). Gênero e Feminismos: convergências (in)disciplinares. Brasília: Ex Libris, 2010b, v. , p. 105-116.

Tradições Nativas no Mundo Pós-Conquista (Obra acadêmica digitalizada)

Resumo: Este volume consiste em artigos da conferência da Dumbarton Oaks realizada em 1992, marcando os quinhentos anos da chegada dos europeus à América. Ao dirigir as atenções para as respostas indígenas em relação à invasão espanhola, aos ajustes culturais e as negociações que este evento requiriu, os editores e autores deste volume esperam que um melhor entendimento acerca dos aspectos culturais que fizeram as sociedades nativas tão resilientes seja alcançado.

Observação: A obra está em inglês.

Link: http://www.doaks.org/publications/doaks_online_publications/BONT.html

Teses e Dissertações I

Seguem links para Teses e Dissertações produzidas no Brasil na área de História da América (América pré-colombiana e período da Conquista).

* Substâncias da idolatria: as medicinas que embriagam os índios do México e Peru em histórias dos sécs. XVI e XVII

Autor: Alexandre Camera Varella.

Local: Universidade de São Paulo (USP).

Resumo: Pela abordagem da história cultural, analisamos visões e políticas em torno dos costumes indígenas com psicoativos (bebidas alcoólicas, estimulantes e alucinógenos), por meio da leitura de tratados produzidos entre meados do século XVI e XVII no mundo hispanoamericano. São histórias sobre os antigos mexicanos e peruanos, bem como sobre seus descendentes, nos vice-reinos da Nova Espanha e Peru. Os costumes com substâncias foram retidos como elementos essenciais da idolatria (a falsa religião dos índios); além de usadas em cerimônias e feitiçarias, algumas plantas e poções seriam inclusive adoradas como divindades. Dividimos os capítulos por contextos e grupos de obras/autores: (i) para o contexto geral de consolidação do império espanhol na América, analisamos o dominicano Bartolomé de las Casas e o jesuíta José de Acosta; (ii) para os tempos dos missionários mendicantes na Nova Espanha do séc. XVI, o franciscano Bernardino de Sahagún e o dominicano Diego Durán; (iii) para a época de auge da extirpação da idolatria no séc. XVII, os curas Hernando Ruiz de Alarcón e Jacinto de la Serna na Nova Espanha, e o jesuíta Pablo Joseph de Arriaga no Peru; (iv) analisamos o cronista indígena peruano Felipe Guaman Poma de Ayala na virada dos sécs. XVI-XVII. Outras fontes foram utilizadas, destacando-se os tratados sobre as medicinas dos índios escritos pelos doutores espanhóis Nicolas Monardes, Francisco Hernández e Juan de Cárdenas, assim como de um médico indígena mexicano, Martín de la Cruz. Os principais assuntos discutidos: os juízos de proveito das medicinas que embriagam; os sentidos do vício por meio das substâncias, entre hábito contranatural e veículo para os pecados; a noção de perda do juízo como efeito natural da embriaguez, mas que abre espaço para a intervenção demoníaca; representações dos usos nos sacrifícios, comunhões, feitiçarias, e a idolatria de plantas e poções. Esses assuntos são analisados tendo em vista que a idolatria não informa apenas o estereótipo e o caminho da interdição dos costumes, pois, de outro lado, nomeia os saberes e poderes locais e sua vitalidade, num ambiente de choques, negociações e acomodações político-culturais.

Palavras-Chave: História da América; Idolatria; Medicina; Psicoativos; Religião.






* Guerra e antropofagia em Jean de Léry e Claude D'Abbeville: dos fragmentos míticos ao código compartilhado

Autor: Juliana Fujimoto.

Local: Universidade de São Paulo (USP).

Resumo: Os fragmentos míticos tupinambá sobre a origem da guerra presentes nas obras de Jean de Léry e de Claude d'Abbeville constituem fontes privilegiadas para analisarmos tanto a tradução européia da alteridade indígena, a partir do enfoque naqueles que foram classificados dentre os piores costumes indígenas - a guerra e a antropofagia -; quanto uma possível re-fundação nativa da guerra e da antropofagia a partir das novidades conhecidas desde o encontro com a alteridade européia. Isso porque esses registros contêm elementos do cristianismo professado pelos europeus com os quais os nativos tiveram contato, assim como elementos da leitura tupinambá, em termos míticos, da alteridade européia. Nesse sentido, essas narrativas podem ser compreendidas também como códigos construídos e compartilhados por europeus e indígenas desde o encontro entre essas populações. No contexto estudado é a linguagem da religião cristã que constitui o principal instrumento de mediação na comunicação entre europeus (sobretudo, os missionários) e indígenas e de tradução da alteridade americana para a cultura européia. Dessa forma, nesse trabalho, tentaremos analisar os registros de Léry e de d'Abbeville sobre o início das guerras inter-tribais, tendo em vista o fato destes constituírem uma tradução da guerra e da antropofagia indígena para o público europeu, assim como um possível código construído e compartilhado entre indígenas e europeus, no contexto das relações entre franceses e indígenas (Léry) e no contexto da relação entre indígenas e missionários jesuítas (d'Abbeville).

Palavras-Chave: Antropofagia; Brasil colonial; Códigos Compartilhados; Guerra; Tradução religiosa; Tupinambá.

Link: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-08072008-150022/pt-br.php

* Histórias esquecidas : discursos de unificação dos Andes pré-colombianos

Autor: David Fernando Nogueira da Silva.
 
Local: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar e entender como se deu o processo de unificação da multicultural região andina em tomo da celebração da memória do período Incaico. Analisam-se aqui dois momentos diferentes da unificação: primeiro nas crônicas, quando a chancela "idólatra" acaba por se tomar o adjetivo comum a todos, e depois na leitura que foi feita dessas crônicas, quando o multiculturalismo foi esquecido e ocorreu o deslizamento de um termo unificador pejorativo - o idólatra - para um outro que trazia em si a idéia de um mundo feliz e civilizado que fora corrompido pelo elemento exógeno - Inca.

Palavras-Chave: Incas - Historia , Multiculturalismo - Peru , Pluralismo - Historia , Indios da America do Sul - Cultura.

Link: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000288020

* Dos livros adivinhatórios aos códices coloniais : uma leitura de representações pictográficas mesoamericanas 

Autor: Glaucia Cristiani Montoro.

Local: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Resumo: Como objetivo geral, nesta dissertação, analisamos documentos mexicanos de tradição indígena, os códices, enfocando um tipo específico destes manuscritos, os chamados Teoamoxtli. Centramos o estudo em dois documentos, selecionados em períodos distintos da história dessa região: um deles, o Códice Bórgia, foi confeccionado no período pré-hispânico e o outro, o Códice Telleriano Remensis, em meados do século XVI, ou seja, depois da invasão européia, durante o período colonial. Para que a análise fosse viável, pois se tratam de documentos extremamente complexos, delimitamos ainda, um assunto deste tipo de códice, o "capítulo" que se convencionou a chamar Trecenas, que são as subdivisões de um dos calendários mesoamericanos. Optamos por uma abordagem diferente daquelas comumente utilizadas, observando o que podemos chamar de características artísticas. Analisamos os códices individual e comparativamente, detectando elementos similares e distintos entre eles, sempre dialogando com a história dos povos em questão. Assim, a partir dos elementos observados, pudemos formular hipóteses e questionamentos sobre tais documentos, sua forma de confecção, aspectos sociais e as modificações sofridas. Partimos, primeiramente, de estudos bibliográficos, consultando cronistas e historiadores de forma a obter uma visão de conjunto daquelas sociedades e as modificações por que passaram ao longo do século XVI, assim como conhecer aspectos ligados aos códices. No primeiro capítulo desta dissertação o leitor é situado no contexto histórico, nos aspectos relevantes a esta pesquisa, enquanto no segundo capítulo expusemos alguns conhecimentos específicos destas sociedades, tais como os sistemas calendáricos, os livros e o sistema de escrita, apresentação dos códices estudados, do assunto analisado nos documentos e seus elementos constituintes, dentre outros pontos relevantes. No terceiro capítulo realizamos a análise, estruturada a partir de três aspectos gerais, selecionados na observação dos livros: o desenho, a ordem de leitura e a organização do espaço. Analisamos os documentos observando estes três aspectos e detectamos uma série de características, algumas comuns aos dois códices e outras particulares. Na análise do desenho encontramos diversas características comuns e outras tantas diferenciadoras. As características similares identificadas nos dois códices, tais como a elaboração coletiva e por tlacuiloque (pintores/escribas) com habilidades técnicas em formação, a existência de esboços, dentre outras, assinalam continuidades de vários dos procedimentos e técnicas de confecção do período pré-hispânico e caracterizam a permanência de aspectos da organização do trabalho e provavelmente de alguns métodos de aprendizagem. Entre as características diferenciadoras estão o desconhecimento do tonalamatl (livro dos destinos) por parte dos tlacuiloque que confeccionaram o Códice Telleriano Remensis, o que não devia ocorrer com os tlacuiloque do Códice Bórgia, a perda do monopólio sobre a atividade de tlacuiloque ou pintor por parte das elites indígenas durante o período colonial, assim como a queda de status sofrida pelos indivíduos que exerciam esta atividade depois da invasão européia. Nas análises do sentido de leitura e organização do espaço, verificamos principalmente, que o Códice Telleriano Remensis possui características que o diferencia enormemente do Códice Bórgia. Assim, observamos: que sua encadernação limita a visualização do assunto estudado, causando uma certa descontinuidade; que sua concepção visa promover uma valorização da imagem dos deuses em detrimento da mensagem que eles carregam; que sua confecção foi direcionada para atender a um usuário europeu ou, ao menos, tendo em vista características ocidentais; e que este códice desvinculou-se da função original destes manuscritos, passando a servir a outros propósitos. Desta forma, concluímos que as modificações ocorridas no Telleriano, e outros códices coloniais, não estão inseridos somente nos contextos estético e técnico, mas inclusive ligadas à função destes documentos na situação colonial.

Palavras-Chave: Pictografia mexicana , Indios da America Central - Escrita , Indios do Mexico , Astecas - Escrita.

Link: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000217800

Textos Didáticos de História da América

Apostila desenvolvida pelo Laboratório de Ensino de História da Universidade Estadual de Londrina contendo breves e didáticos artigos acerca de História da América pré-colombiana e da Conquista européia do "Novo Mundo".

Material digitalizado e disponível em PDF aqui.

Mapas da Conquista da América

Mapas acerca da Conquista da América pelos europeus. São interessantes pois possibilitam a visualização deste processo ao longo do tempo.

Mapa das principais expedições de conquista e exploração feitas pelos espanhóis no século XVI. (Fonte: http://www.kalipedia.com/popup/popupWindow.html?tipo=imagen&titulo=La+conquista+de+Am%E9rica&url=/kalipediamedia/historia/media/200707/12/hisespana/20070712klphishes_29_Ees_LCO.png&popw=524&poph=614)

Mapa que demonstra os territórios ocupados pelos europeus ao longo dos séculos XVI a XVIII. (Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjJajFZML8jtljS8TVU28ZQBmZQC2tHAPe1WDs2qXJmK3Do6URGpBd0Mr6G3X79WwC0RkqZQ0cXnH17yRaf5DIkbhvWDJ20_kD0NmPFVCWbV3sL3hVmmV4nUR_hwjjC2kePY_Fxn-qh2s/s1600/Imagem11.jpg)

Mapa dos territórios americanos conquistados por espanhóis e portugueses no século XVI. Apresenta também as cidades fundadas por estes povos europeus. (Fonte: http://iris.cnice.mec.es/kairos/temas/img/mapa_desplaza20b.gif)

Mapa que representa a conquista da América. Contém territórios de alguns povos ameríndios e rotas dos principais conquistadores e exploradores europeus. (Fonte: http://iris.cnice.mec.es/kairos/temas/img/mapa_catastrofes3b.gif)